O Sexting resulta da junção das palavras sex e texting e representa o envio de fotografias ou vídeos íntimos e eróticos pela Internet. Esta prática, comum entre jovens e adolescentes, tornou-se um passo normal da expressão sexual, mas representa riscos e inseguranças, que podem ter resultados negativos e perversos. Ao enviar uma nude, perde-se o controlo sobre o conteúdo, arrisca-se a exposição na Internet e um novelo de reações, muitas vezes avassalador. O sexting pode ser uma prática saudável numa relação, mas pode, também, conduzir a situações de Ciberbullying, Stalking, Revenge Porn, Grooming e Burlas Amorosas e causar danos graves e irreparáveis nas vítimas, a nível pessoal, social e profissional. Os transtornos de ansiedade e stress pós-traumático podem culminar em depressão e em comportamentos autodestrutivos.
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A Linha Internet Segura é um serviço gratuito do Centro Internet Segura que tem como missão prestar atendimento telefónico a todos os que tenham questões sobre o uso de plataformas e tecnologias online. Alguns exemplos de casos recebidos dizem respeito a casos de cyberbullying, burlas (comerciais ou pessoais), divulgação não consensual de imagens e difamações ou injúrias online. Outros casos cuja incidência tem vindo a aumentar dizem respeito a sextortion ou revenge porn. A Linha Internet Segura está disponível das 9h00 às 21h00, de forma gratuita, através do número 800 21 90 90 ou do Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..
Uma das piores consequências desta prática é o sextortion, que consiste na ameaça e divulgação não autorizada das fotografias e vídeos da vítima, caso o/a agressor/a não receba mais fotos, vídeos ou não consiga combinar um encontro pessoalmente. Quando as relações amorosas terminam em conflito, conteúdos do foro privado podem acabar publicados pelos parceiros. Este comportamento é designado por revenge porn e representa uma forma de vingança. São comuns os casos de divulgação não consensual de imagens íntimas por parte de um companheiro/a relativamente ao outro/a no fim de uma relação.
Fazendo vítimas, além dos jovens, as crianças, o grooming surge como forma de aliciamento e manipulação online. Inicia-se através de uma abordagem não-sexual, de forma a convencer a vítima a encontrar-se pessoalmente com o indivíduo, para que este possa consumar o abuso ou procurando incentivar os menores a produzir e enviar imagens íntimas deles próprios.
Os jovens e adolescentes, mesmo tendo a perceção do impacto que a partilha de um vídeo ou fotografia com conteúdo intimo possa ter, devem sempre precaver-se. É fundamental pensar antes de enviar, para evitar que conteúdos íntimos comecem a circular pela Internet. As plataformas e os equipamentos devem ter palavras-passe fortes e antivírus atualizados, para reforçar a segurança e evitar que sejam acedidos de forma ilegal.