Ao escreveres a carta de apresentação deves ter presente que esta serve para personalizar a tua candidatura, valorizar o percurso profissional e, por último, convencer os entrevistadores a marcar uma entrevista.
Embora a maioria das cartas, embora não devam, acabam por ser um resumo do CV, onde os candidatos reforçam as suas competências. No entanto, nunca é demais reforçar que uma carta bem feita deve fazer a ligação entre o teu percurso profissional e as necessidades concretas da empresa.
Para personalizares a tua candidatura, deves incluir informação sobre:


1. Porque é que a empresa te interessa;


2. O que podes oferecer à empresa;


3. O que a empresa e tu podem fazer juntos.
Estas são as informações que qualquer recrutador gostaria de encontrar numa carta de motivação. No entanto, a ordem pode ser alterada, pois não existem regras definitivas. Alguns candidatos preferem começar por se apresentar, reforçando o que já está escrito no currículo, que é uma informação bastante mais útil para o recrutador. Depois disso, é importante justificar as razões pelas quais a empresa te interessa, o que, se for bem feito, poderá tornar-se um ponto diferenciador, pois demonstra que perdeste tempo a estudar a empresa.

4. Dirige-te à pessoa certa. Se não souberes o nome (embora hoje em dia esteja tudo na internet), como último recurso, endereça-a ao departamento de recursos humanos. Se estiveres a responder a um anúncio, menciona o mesmo e a função a que candidatas).


5. - A primeira frase é essencial para marcar a diferença. Tenta dar o teu cunho pessoal e destacares-te das centenas de currículos diários. O tom de abertura da carta transmite a tua personalidade. Não uses frases do género: “Conforme notícia recente sobre a vossa empresa, irão ser dados os primeiros passos na internacionalização do grupo. Isso interessa-me bastante porque….”. A forma correcta de escrever é: “Em resposta ao V. anúncio para recrutar um financeiro, penso ter as qualidades profissionais que correspondem ao perfil que procuram”.

6. Menciona as razões porque te candidatas. Explica porque gostarias de desenvolver competências na área a que te candidatas. Se souberes para que empresa te estás a candidatar, não te esqueças de mostrar que a conheces. Será sempre um ponto a teu favor.


7. Não te alongues. Os recrutadores não perdem muito tempo com a leitura da carta de apresentação. Para ser eficaz, é necessário ser conciso. A carta deve ser curta e sem informação desnecessária. Três a quatro parágrafos são suficientes. As frases curtas e simples interpelam o leitor e transmitam uma imagem dinâmica.


8. Não exageres nem te desvalorizes e não mintas. Responde sempre pela positiva. Não digas, por exemplo, que não tens experiência em determinada área. Evidencia antes as tuas qualidades com objectividade, sem demasiado sentido crítico. Podes sempre referir que gostas de novos desafios e que te adaptas com facilidade. A mentira acaba sempre por ser descoberta e não te beneficiará.
Erros a evitar :
- « Este anúncio despertou-me a atenção”, faz parte das expressões que os recrutadores não ligam nada. - A referência ao anúncio deve ser colocada em “assunto”, no topo da carta ou no e-mail, deixando espaço à carta para apresentar os argumentos.
- Errado : “Li, dia 3 de Dezembro, no site xxxx, com a referência xxx, que procuram um comercial dinâmico e autónomo, perseverante, com bom relacionamento com os outros, razão pela qual vos proponho apresentar a minha candidatura a esse emprego”.
- A frase correcta seria: « Procuram um técnico comercial? Penso que o meu perfil corresponde ao solicitado pela vossa empresa o que me leva a enviar a minha candidatura para…”

9. Hoje há uma parte significativa dos curriculos que seguem por e-mail e por isso as cartas transformaram-se em e-mails. Apesar do suporte ser diferente as regras mantêm-se.