Em 2018, 44% da população com idade entre os 25 e os 34 anos tinha um curso superior, em comparação com 35% em 2008, nos países da OCDE. O número é partilhado no relatório Education at a Glance de 2020, que destaca que a vantagem que os jovens adultos com Ensino Superior têm, em termos de emprego, relativamente aos terminaram o Ensino Secundário, tem-se mantido relativamente constante ao longo da última década. Conhece algumas dessas vantagens.

#1 O emprego

Segundo o relatório Education At a Glance 2018, da OCDE, a taxa de desemprego entre jovens diplomados do Ensino Superior é apenas de 6%. Em comparação, mais 11% dos diplomados do ensino superior estão empregadas, em comparação com quem termina o secundário. A conclusão é simples: “Ter frequentado educação pós-secundária ou superior reduz o risco de desemprego”. Para mais, segundo o estudo Benefícios do Ensino Superior (2017), da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), as pessoas com mais elevados níveis de escolaridade “conseguem arranjar emprego mais facilmente” quando desempregadas.

#2 O vencimento 

De acordo com a OCDE, Portugal tem uma compensação salarial “muito elevada” para os licenciados: 85% dos trabalhadores com qualificação superior tem um salário acima da média nacional. E esse número baixa para 55% no caso de quem detém apenas o ensino secundário. As pessoas entre os 25 e 34 anos de idade com Ensino Superior ganham 38% mais do que os seus pares com o segundo ciclo do Ensino Secundário, avança o Education at a Glance 2020, da OCDE. Já o estudo Benefícios do Ensino Superior, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, detalha que o salário/hora para um licenciado, nos primeiros dez anos de experiência profissional é 50% superior.  

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#3 Melhores empregos

De acordo com a FFMS,os números demonstram também que os diplomados do Ensino Superior encontram empregos “mais complexos e diversificados” e “mais seguros”. Não é de estranhar, assim sendo, que existam algumas “diferenças relevantes” quanto aos “sentimentos de realização pessoal e de valorização do trabalho realizado”. Para os autores, todos estes motivos conduzem à conclusão de que “os benefícios individuais do ensino superior, seja no acesso ao emprego, seja em termos de salários, são tradicionalmente altos em Portugal, quando comparados com os de outros países”.

#4 Bem-estar individual

Para além das questões da remuneração dos licenciados do Ensino Superior, o estudo da FFMS procura particularizar aquilo que intitula de benefícios não-económicos. Estes incluirão as mais-valias que vão de áreas como a saúde à participação cívica. “Os efeitos do ensino superior no bem-estar individual, que se fazem sentir via rendimento, constituem apenas cerca de metade do efeito total”, reforçam os autores. Logo à partida, os diplomados do Ensino Superior “confiam mais nos outros”. Os efeitos benéficos da educação são igualmente atribuídos a fatores como “maior confiança interpessoal, um maior sentimento de segurança e uma melhor perceção do seu estado de saúde”.

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#5 Ligação com sociedade

O mesmo estudo detalha que existe entre os licenciados e os mestres um “maior nível de satisfação com a democracia e uma maior confiança nas instituições”, conseguindo identificar benefícios individuais e coletivos. De entre os vários exemplos avançados encontra-se uma maior sensação de segurança e de participação política.

Se temos por habitual associar o grau de educação à consequência profissional futura, este estudo sublinha que os benefícios não-económicos deverão ter uma outra preponderância ao analisar a possibilidade de continuar a estudar: “Essas dimensões podem e devem ser consideradas pelas famílias e mesmo pelas próprias instituições de ensino superior, até mesmo nas suas estratégias de comunicação e atração de alunos”.