Os estudantes portugueses entre os 15 e os 16 anos consomem menos álcool, tabaco e outras substâncias ilícitas do que dos restantes países europeus. Os dados são do relatório de 2024 do European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs (ESPAD), para o qual foram inquiridos aproximadamente 114 mil estudantes de 37 países europeus, entre os quais Portugal, que contou com uma amostra de quase 2 mil alunos.

No que toca ao tabaco, um em cada estudantes que respondeu ao inquérito já tinha fumado um cigarro aos 13 ou até mais jovem. Enquanto que a média europeia se situa nos 15%, Portugal apresenta uma percentagem de 8,6% uma das mais baixas a par da Noruega, e acima de países como os Países Baixos (8%), Malta (7,1%) e Islândia (6,4%).

 


O consumo de cigarros eletrónicos em Portugal entre os estudantes é o mais baixo da Europa - 5,4% quando a média se situa nos 16%.


 

Portugal é também um dos países onde os jovens menos fumam diariamente (1,6%), dois valores percentuais abaixo da média Europeia (3,6%). O consumo de tabaco diariamente entre os jovens é superior em países como a Bulgária (8,7%), Kosovo e Eslováquia (6,6%) e Ucrânia (6,2%).

O consumo de cigarros eletrónicos em Portugal entre os estudantes é o mais baixo da Europa - 5,4% quando a média se situa nos 16%. O consumo deste tipo de cigarros é superior nos rapazes (9,4%), com as raparigas a apresentar um valor ligeiramente inferior (7,9%), valores também inferiores à média (15 e 14%, respetivamente).

 

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Quanto ao consumo de álcool, 31% dos inquiridos afirma já ter consumido pelo menos um copo (um valor próximo da média europeia, que é 33%). Contudo, somente 3,6% destes jovens consumiu álcool ao ponto da intoxicação. Neste parâmetro, a média europeia encontra-se nos 8%.

Olhando para as substâncias ilícitas, existe um maior uso de cannabis por parte dos estudantes portugueses (1,8%). Seguem-se a cocaína e crack (0,8%), anfetaminas e metanfetaminas (0,4%), ecstasy e inalantes (0,3%). O consumo de medicamentos sem prescrição apresenta também uma percentagem de estudantes a consumí-los ao longo da vida inferior (7,7%) à média europeia (14%).

 


Os estudantes portugueses preferem fazer apostas desportivas online (64%), o segundo método de jogo a dinheiro favorito são as lotarias (56%) compradas em espaço físicos e o terceiro são os jogos de cartas ou dados online (41%).


 

O caso dos jogos (a dinheiro e não só)

É no campo dos jogos a dinheiro que Portugal se aproxima da média europeia. A começar pelo envolvimento dos estudantes em jogos a dinheiro nos últimos 12 meses, que se encontra numa média de 17%, abaixo dos 23% na totalidade dos países europeus. Um total de 15% disse ter jogado em espaços físicos, enquanto que 11% optou por fazê-lo online.

Os estudantes portugueses preferem fazer apostas desportivas online (64%), o segundo método de jogo a dinheiro favorito são as lotarias (56%) compradas em espaço físicos e o terceiro são os jogos de cartas ou dados online (41%). O mesmo relatório aponta que a percentagem de estudantes que jogam excessivamente se encontra nos 18%, ligeiramente abaixo da média europeia de 22%.

 

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Em Portugal, tanto rapazes como raparigas também consideram ter problemas relacionados com a utilização de redes sociais ou de jogo. Enquanto a média europeia nestes campos é de 47% e 22%, por cá ascende a 54% e 28% respetivamente.

O relatório completo pode ser lido aqui