O primeiro-ministro António Costa confirmou hoje, em conferência de imprensa, o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino por um período de 15 dias, a partir de sexta-feira. A principal novidade prende-se com a ausência de atividades letivas online, senda esta uma interrupção letiva compensada numa outra altura do calendário escolar.

Durante a conferência de imprensa, o primeiro-ministro destacou o "esforço extraordinário" realizado pelas escolas para a existência de ensino presencial. A decisão de encerramento, explicou, justifica-se pelo crescimento muito acentuado da estirpe britânica do SARS-Cov-2. Recorde-se que esta variante do novo coronavírus tem sido apontada por algumas investigações científicas como 50 a 70 por cento mais contagiosa que as restantes.

 

 

 

O primeiro-ministro garantiu que as escolas "não são nem foram" os principais focos de transmissão, mas justificou a interrupção com estudos que antecipam um aumento significativo da prevalência da nova estirpe. "Face a esta nova realidade, impõe-se alterar o conjunto de medidas adoptadas na semana passada", sublinhou, acrescentando: "manda o princípio da precaução que procedamos à interrupção de todas as ativdades letivas durante os próximos 15 dias".

Relativamente ao ensino superior, cujas instituições se encontram agora em época de exames, António Costa destacou que esta interrupção letiva poderá levar ao ajuste do calendário de avaliação. O primeiro-ministro anunciou ainda que os pais de crianças até aos 12 anos que não estejam em teletrabalho terão direito a faltas justificadas ao trabalho, bem como um apoio financeiro que corresponde a dois terços da remuneração.