Diana Lima é cantora, compositora, instrumentista e intérprete. Aos 25 anos, a artista conta já com uma vasta experiência no mundo da música, tendo lançado o seu primeiro single “Confiei em Ti”, em 2015, que alcançou rapidamente milhões de visualizações. Este êxito foi o primeiro passo para continuar a explorar o seu “amor pela música”, algo que, conta à FORUM, “nasceu muito cedo”. Atualmente, a artista inicia uma nova etapa na carreira, com o EP “Beco Com Saída” e reforça a importância do esforço para alcançar o sucesso.
Como surgiu o teu gosto e interesse pela música?
O meu interesse pela música nasceu muito cedo. Tenho vídeos com 5 anos já com brinquedos de música – «pianinhos» de brincar, microfones de brincar. Os meus pais sempre ouviram muita música em casa e acho que isso também desenvolveu o meu amor pela música. Tocava guitarra, piano. Agora comecei no baixo e na bateria também. E aprendi tudo sozinha.
"Não Somos Iguais" é um dos temas do EP "Beco Com Saída" (Fonte: Canal de YouTube de Diana Lima)
Como começou a tua jornada neste mundo da música?
O primeiro passo foi lançar o meu primeiro single, o “Confiei em Ti”. Na altura, eu estava um bocado reticente se lançava ou não, mas decidi avançar. Os meus amigos quase que me obrigaram a lançar o single (risos). E ainda bem, porque esse single hoje em dia já tem quase 5 milhões de visualizações. Foi aí que eu pensei “vou continuar a lançar música”. Comecei a ver que as pessoas gostavam de me ouvir a cantar e que apoiavam o meu trabalho. Foi inesperado (risos), eu não estava à espera, mesmo! Sinto que as pessoas abraçaram esta música de uma forma que eu tinha de lhes dar mais.
Numa primeira fase, foi difícil marcar a tua posição neste mundo?
Eu sinto que ainda hoje é difícil, porque eu acho que é um mercado pequeno e nós temos de trabalhar muito, que é o que eu faço. Temos de trabalhar mesmo muito, ter muita força para correr atrás. O que quero dizer é que há espaço para muitos, mas para chegar a muita gente, às vezes, é mais difícil.
«Recebo muitas mensagens positivas. Isso deixa-me muito contente, porque percebo que a minha música está a chegar a mais sítios»
O que te inspira para escreveres as tuas músicas? Qual é a principal mensagem que tentas passar?
A mensagem que tento passar é muito focada no amor, principalmente, porque as minhas músicas falam muito sobre relações amorosas. É muito autobiográfico, mas também me inspiro em histórias que vejo ao meu redor, seja de amigos, ou até histórias que vejo nos filmes (risos). Acho que me inspiro um pouco em tudo.
Já participaste em programas de talentos, como o caso do The Voice, em 2015. Pisar esse palco foi importante para o lançamento da tua carreira?
Acho que é sempre uma experiência. Claro que fiquei um pouco triste e abalada quando ouvi o “não”. Estava pelo menos à espera de virar nem que fosse uma cadeira. Não virar nenhuma cadeira, por acaso, deixou-me um bocado em baixo. Mas acho que é bom para termos força para continuar a lutar por aquilo que gostamos de fazer.
Como é que descreves o teu percurso? O que mudou na tua música e na tua trajetória enquanto artista?
Como pessoa e como artista, evoluí muito, desde o “Confiei em Ti” até agora. Sinto que evoluí bastante porque cresci, vivi experiências e muita coisa até chegar aqui. Acho que isso fez de mim uma pessoa mais forte e mais confiante também.
Qual é o papel das tuas redes sociais na divulgação do teu trabalho? Sendo uma artista jovem sentes que tens um papel ativo enquanto influenciadora, sobretudo destas novas gerações?
Sinto que é muito útil porque as pessoas também se sentem mais próximas de nós com as redes sociais. Recebo muitas mensagens positivas. Isso deixa-me muito contente, porque percebo que a minha música está a chegar a mais sítios e isso é muito bom. As redes sociais acho que ajudam muito nisso, a espalharmos o nosso trabalho. Por outro lado, acho que temos sempre esse papel [de influenciadores] porque damos aquela força para as pessoas saberem que podem chegar lá se trabalharem.
«A mensagem que tento passar é muito focada no amor, principalmente […] É muito autobiográfico, mas também me inspiro em histórias que vejo ao meu redor, seja de amigos, ou até histórias que vejo nos filmes (risos)»
Das colaborações que já fizeste, consegues destacar alguma?
Eu penso que todos os artistas com que já colaborei até hoje foram importantes para mim. Trago sempre coisas novas para mim, ao trabalhar com pessoas de outros estilos. Mas um que eu posso destacar agora, é o mais recente – é o [single] com o Murta. É uma música que está a correr muito bem!
Daqui a 5 anos, o que é que perspetivas para a tua carreira? O que podemos esperar?
Espero ser uma Diana ainda melhor do que a que sou hoje, ainda mais evoluída e espero pisar grandes palcos. E conseguir chegar a mais pessoas que gostam de ouvir a minha música, claro.
@dianalima17 Lancei um EP ?? #musica #ep #becocomsaida ? som original - Diana Lima
Como era a Diana enquanto estudante? O teu percurso escolar influenciou este gosto pela música?
Eu sempre fui uma boa aluna, mas sempre fui inclinada para a música (risos). Eu era uma aluna responsável, isso era, por mais que às vezes não gostasse tanto de estudar. Havia disciplinas que gostava especialmente, como história, eu adoro história! Acho que era uma aluna empenhada.
Estás a estudar Jazz e Música Moderna, na Universidade Lusíada de Lisboa. Podes falar-nos um pouco mais sobre o porquê da escolha deste curso e como é que aplicas os conhecimentos que adquires na tua música e na tua carreira?
Eu sempre quis estudar música e pensei “quero aprender mais, quero ter mais conhecimentos e porque não inscrever-me num curso de música?” Era o que eu sempre quis fazer. E entrei no curso, adorei o curso e os professores, que são muito fixes. Acho que o curso me ajudou muito. Por exemplo, no meu novo EP “Beco com Saída”, que lancei agora, penso que me ajudou muito musicalmente, tanto para escrever, como para fazer as harmonias das músicas.
Se tivesse que fazer alguma coisa sem ser música, talvez gostasse de ser arqueóloga, porque gosto muito de história. Mas acho que nunca pensei assim numa segunda profissão. É isto: plano A e não há plano B (risos)
Como foi a tua adaptação ao Ensino Superior?
Eu inicialmente já tinha estado em Gestão de Recursos Humanos – muito diferente deste curso de Música, não tem nada a ver. Mas foi uma adaptação boa, eu gosto. Gosto muito do ambiente. Não é por estamos a estudar música que não estudamos muito. Temos cadeiras muito práticas, como Voz ou Instrumento, mas também disciplinas mais teóricas ligadas à História da Arte.
Se não fosses artista, o que te imaginavas a fazer? E porquê?
Tal como a minha mãe e o meu pai me diziam: “Desde sempre que dizias que querias ser cantora”. Eu mal falava, já queria ser cantora. Já tinha aquele microfone de brincar. Por isso, acho que a minha opção foi sempre ser cantora. Mas também sempre gostei muito de história e, se tivesse que fazer alguma coisa sem ser música, talvez gostasse de ser arqueóloga, porque gosto muito de história. Mas acho que nunca pensei assim numa segunda profissão. É isto: plano A e não há plano B (risos).
O que dirias a uma pessoa que está agora a começar no mundo da música?
Eu diria “se gostas e se tens amor por isso e paixão por isso, trabalha”. O mais importante é mesmo trabalhar, sem trabalho não chegamos a lado nenhum.