A exposição de serigrafia e gravura “Direito ao Espaço” encontra-se patente na Biblioteca da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), até ao dia 30 de setembro de 2022, apresentando os trabalhos realizados especificamente para o FIG Bilbau 2021 – Festival Internacional de Gravação e Arte sobre Papel de Bilbau, decorrido em novembro, em Espanha. Nesta mostra, os estudantes Ana Rita Manique, Miguel Ângelo Marques, Miguel Ferreira e Sara Pinho da Cruz procuram compreender o espaço a partir de lugares e interesses diversos.

“A ESAD.CR tem, desde a sua origem, a prática da gravura do desenho como estruturantes para a compreensão do processo criativo e autoral das artes e do design. O trabalho agora apresentado teve a orientação oficinal dedicada e interessada de Célia Bragança”, explica Samuel Rama, pró-presidente do Politécnico de Leiria para a área da Cultura e Bibliotecas. “O resultado é um conjunto de obras inéditas realizadas especificamente para a FIG Bilbau e que agora se mostram em cada uma das nossas escolas e na Rede Cultura 2027”, acrescenta Samuel Rama. 

“Imagined Cities” é o projeto da autoria de Ana Rita Manique, mestranda em Design de Produto, que através da Impressão em Serigrafia, mostra a cartografia de uma cidade imaginada, que ainda não existe. A partir do desenho e da fotografia, as imagens ligam-se a um pensamento multidisciplinar que incide sobre o urbanismo, o design e a arte. Assim, de forma utópica, as impressões procuram ativar uma cidade ainda por criar.


Graças a este projeto, Ana Rita Manique foi uma das premiadas na 8.ª edição do espaço “Cubos das Tentações”, do FIG Bilbau, que decorreu entre os dias 25 e 28 de novembro de 2021, no Palácio Euskalduna de Bilbau, tendo conquistado uma residência artística na Fundação CIEC – Centro Internacional da Estampa Contemporânea de Betanzos, na Corunha.

Miguel Ferreira, estudante de terceiro ano da licenciatura em Artes Plásticas, expõe o projeto “As Above So Bellow”. No projeto, o estudante procura apresentar uma narrativa visual em forma de livro de artista, onde o exterior do cubo funciona como uma capa do livro e o interior do cubo existe uma sobreposição das páginas, que jogam com a escala e o contraste do preto e branco, inspirado tanto pelas ilustrações de Gabriel Bá, como pelo trabalho de Frank Miller na influente banda desenhada “Sin City”.

Miguel Ângelo Marques, estudante do Mestrado em Artes Plásticas, apresenta o projeto “A Arte de Gravar tem X Mil Anos”, que se afirma como um estudo visual sobre o ato de gravar, desde o paleolítico até aos dias de hoje. Surge a partir de um trabalho de campo, que consistiu numa recolha de imagens, efetuado no Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa e Castelo Melhor, tanto de levantamento da paisagem, como das gravuras encontradas nos complexos Arqueológicos da Penascosa e da Canada do Diabo.

Por fim, “O Olhar Oculto das Plantas” é como se intitula o projeto exposto por Sara Pinho da Cruz, mestranda em Artes Plásticas. A investigação consiste na relação entre a vida vegetal e o corpo da estudante, no seu percurso da representação nas práticas artísticas. A investigação resolve-se sobre o seu interesse pela condição frágil e efémera encontrada no seu corpo e na vida vegetal, assim como a análise sobre a posição das plantas em relação com o corpo no mundo, ou seja, em que sentido a fragilidade se torna presente nos dois. Sara Pinho da Cruz pretende representar, através da sua interpretação poética, a fragilidade do seu corpo e da vida vegetal, mediante séries de trabalhos em serigrafia, fotografia digital e gravura.

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