Durante os primeiros nove meses de 2017, a GNR apanhou 1100 jovens condutores (com carta há menos de três anos) com excesso de álcool ao volante. Segundo noticiava o
Jornal de Notícias, em dezembro, todos os meses, são apanhados, em média, 110 condutores nestas condições.

Recorde-se que as regras se alteraram em 2014, com o limite de 0,2 g/L a ser aplicado a condutores recém-encartados (até três anos) e motoristas profissionais. Neste período de quatro anos, informa a GNR, mais de oito mil condutores foram apanhados a conduzir com níveis acima deste valor.

 

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De acordo com a informação avançada pelo Parlamento Europeu, 25% das mortes nas estradas europeias deve-se ao consumo de álcool. Como tal, este organismo estuda, avança o JN, a possibilidade de introduzir uma taxa zero (0,0 g/L) para os condutores, nos primeiros dois anos de carta.


A absorção e a limpeza

Os efeitos nocivos do álcool em funções essenciais na condução são bem conhecidos. Outra das questões muito importantes é a lentidão do processo de eliminação: se alguém tiver um 1,0 g/L, às 24h00, apenas às 10h da manhã terá eliminado completamente o álcool do seu sistema.

 

Alguns efeitos noviços do álcool na condução
Audácia incontrolada
Perda de vigilância do meio ambiente
Dimiuinição de capacidades (visuais e de perceção)
Aumento do tempo de reação
Resposta reflexa mais lenta
Menor resistência à fadiga
Adaptado de O Álcool e a Condução, ANSR

 

De acordo com a ANRS, há vários fatores que interferem na medição da Taxa de Alcoolemia: o peso, a idade, a fadiga, a ingestão de medicamentos, alguns estados emocionais ou até a pressão atmosférica, são alguns exemplos.

Por outro lado, a absorção de álcool com o estômago vazio acelera a sua absorção, aumentando a taxa em cerca de um terço. A velocidade com que se bebe e até o facto de ser dia ou noite também influenciam a absorção. Todas estas questões mostram como é difícil calcular quanto se pode beber, sem pôr em risco a segurança da condução. A ANSR deixa o aviso: “Regra geral, quando se admite que se está a chegar ao ponto crítico, há muito que este já foi ultrapassado”.