Para o último dia da Academia Art & Cultura, o plano já estava definido. Leiria era o centro das atenções e os seus artistas, arquitetos e pintores iam ser o foco central do nosso roteiro cultural.

Iniciámos o dia no Banco das Artes Galeria (BAG), um edifício que antes pertencia ao Banco de Portugal e agora serve como expositor das obras de artistas locais, contribuindo assim para a divulgação da arte e cultura leiriense. Em foco esteve Ernesto Korrodi, arquiteto suíço que construiu a sua vida em e para Leiria e que desenhou o edifício onde estivemos grande parte da manhã.

Com o auxílio da coordenadora de produção do BAG, Maria Magalhães, soubemos mais da história de vida de Korrodi, o contributo que este prestou para o desenvolvimento da cidade de Leiria e, para tal, visitámos a sala interativa Ernesto Korrodi. Da infância, à sua vida profissional e aos seus últimos dias, conhecemos um homem que se apaixonou pela cidade e quis fazer desta sua casa.

 

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De forma a que a visita fosse confortável para todos os participantes, estes foram divididos em grupos. Os que não estavam na sala interativa, puderam percorrer as outras exposições presentes no museu, dos artistas João Leal, Maria João Franco e uma homenagem à peça “O Motim”, do autor Miguel Franco, que viu a sua obra censurada pelo regime do Estado Novo.

A caixa forte do edíficio também estava aberta para acolher a instalação da exposição “Nesta Casa Cabemos Todos”, uma iniciativa encabeçada pela escola dos Marrazes, elaborada por grupos étnicos diferentes e que apela à inclusão social.

Museu de Leiria e despedidas

A academia estava prestes a terminar, já se utilizava os blocos de notas para deixar dedicatórias e partilhavam-se abraços de despedida, mas ainda havia o museu de Leiria para visitar.

Um local que se pode visitar de forma livre, no museu de Leiria pudemos encontrar exposições que se focam na história de Leiria na época medieval e moderna, como também na divulgação de trabalhos de novos artistas locais.

 

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Antes das despedidas finais, falámos com alguns dos participantes para saber o que levavam da academia, as experièncias e as amizades. Bárbara, 18 anos, definiu a academia como “intensa, num bom sentido”, “dinàmica” e divertida. Gostou dos workshops de serigrafia, de cerâmica e das visitas aos diversos museus.

Já Tiago, 17 anos, gostou principalmente “dos museus, por gostar de história”. Veio “sem conhecer ninguém”, foi falando com toda a gente e “fez muitos amigos”. Da academia leva “boas memórias e bons amigos”.

E assim terminou mais uma edição da Academia Art & Cultura, uma experiência rica culturalmente, que criou novas memórias e amizades que certamente irão perdurar.